quinta-feira, 27 de março de 2014

Inicia nova gestão no IF Baiano

Após a posse do reitor, Geovane Nascimento, o Instituto Federal Baiano passa por um momento de transição com a chegada da nova equipe de trabalho.Temos vontade política e coragem para colocar em prática a nossa Plataforma de Gestão, a qual foi construída coletivamente e aprovada pela grande maioria dos estudantes, técnicos-administrativos e docentes do IF Baiano”, afirmou o reitor, em seu discurso de posse. “Iremos avançar com a prática da gestão democrática, responsável e participativa”, complementa.

Um dos destaques da proposta para gestão 2014-2018, é a construção do Plano de Desenvolvimento Institucional. “Não mediremos esforços para honrar e cumprir o PDI, o documento mais importante da Autarquia, que a comunidade acadêmica terá a oportunidade de construir e se apropriar”, afirmou o reitor.

Em seu discurso, o professor Geovane citou outras propostas ligadas ao desenvolvimento do Ensino aliado a Pesquisa e Extensão, bem como o apoio às organizações estudantis e ações para capacitação e qualificação de servidores. “Creio que seremos um bom exemplo de gestão democrática e sonhamos ser uma instituição pública de ensino em que a comunidade acadêmica tenha orgulho de pertencer, e que a sociedade a reconheça por sua excelência e governança da coisa pública”, concluiu.

O estudante do curso Técnico em Agropecuária – Campus Itapetinga, Odair Campos, acredita que muitas mudanças devem ocorrer para sanar as demandas mais urgentes. “Acho que ele devia montar uma comissão, com quatro alunos de cada campus, que tentaria mostrar a ele as demandas, ajudando-o a resolver os problemas”, sugeriu. “Acho que uma boa gestão requer a participação dos estudantes, pois, ninguém mais do que nós, sabemos do que queremos”, concluiu.

Já a estudante do curso Técnico em Agrimensura – Campus Catu, Renata Santos, espera “que o nosso novo gestor possa trazer grandes benefícios para o Instituto, novos recursos tecnológicos e, principalmente, novos cursos para Campus Catu”, afirma. Ela ainda deseja que, com a nova gestão, os estudantes tenham mais oportunidades para demonstrar os estudos que desenvolvem, a fim de divulgar o Instituto.

Uma das expectativas dos servidores, além de uma gestão participativa, é a existência de um clima organizacional harmonioso e que proporcione qualificação. “Espero que sejam oferecidos mais cursos e iniciativas de qualificação dos trabalhadores do Instituto, refletindo assim numa melhoria dos fluxos de trabalho e desempenho de suas atividades”, afirmou o assistente em administração, Igor Peneluc.

Novo Reitor - Vencedor das eleições, que aconteceram em 3 de dezembro do ano passado, com 45,643% dos votos, o professor Geovane nascimento tomou posse em 18 de março, no Ministério da Educação, em Brasília. 

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quarta-feira, 26 de março de 2014

Oficina de Saúde Bucal orienta gestantes

Em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Campus Uruçuca ofereceu uma oficina sobre Saúde Bucal para Gestantes. O objetivo do treinamento foi  incentivar o pré-natal odontológico das gestantes e desmistificar ideias errôneas a respeito do tratamento odontológico durante a gravidez.

As gestantes foram instruídas sobre os cuidados de saúde bucal com seus filhos para evitar problemas como a cárie de mamadeira e hábitos deletérios como chupar dedo e o uso excessivo da chupeta. “As ações educativas e preventivas ajudarão no cuidado de saúde bucal das mães e permitirão a introdução de hábitos desde o início da vida da criança”, afirmou a dentista do IF Baiano, Rebeca Dantas, que propôs a oficina.

Durante o treinamento foram abordas temáticas como cárie, doença periodontal e a importância da higiene bucal, através de palestras, jogos e a utilização de macromodelos para demonstrar a forma correta de higienização e a evolução das principais doenças de saúde bucal. Rebeca conta que a oficina foi divida em dois momentos: capacitação dos funcionários do CRAS, que serão agentes multiplicadores; orientação de 15 gestantes.
 
O estudante Murilo Tácio de Souza Silva, do Curso Técnico de Informática, do Campus Uruçuca também atuou como monitor da oficina, que fez parte do Programa de Oficinas Comunitárias (POC)

POC - O Programa de Oficinas Comunitárias é iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão do IF Baiano. As oficinas são propostas pela comunidade acadêmica de acordo com as demandas locais e selecionadas através de um edital interno. Elas tem um caráter prático de saber-fazer, são de curta duração e visam colaborar para o desenvolvimento social e econômico das comunidades.



Fotos: Ascom/Prefeitura Municipal de Uruçuca

quinta-feira, 20 de março de 2014

Estudantes e professores discutem questão agrária no Vale do Jiquiriçá

Foi diante da necessidade de capacitar os agricultores familiares da comunidade de Gameleira, em Lages no Vale do Jiquiriçá, que estudantes e professores do Campus Santa Inês realizaram uma oficina. O treinamento ocorreu em duas etapas, uma de cunho exploratório, para compreender as especificidades da comunidade; e outra de caráter prático na qual foram transmitidas instruções sobre o processamento de mandioca. Cerca de 30 pessoas participaram da oficina e serão agentes multiplicadores na comunidade.

O coordenador da oficina, Clóvis do Santos, explica que a iniciativa faz parte de um conjunto de ações que vem sendo discutidas no Núcleo de Estudos em Questões Agrárias (NEQA), do Campus Santa Inês, que tem o propósito de realizar atividades de pesquisa e extensão nos municípios do Território de Identidade do Vale do Jiquiriçá. O NEQA é coordenado pela professora Aline dos Santos Lima e a oficina também contou com o apoio e participação das professoras Eliza Caldas Soares e Jeane Carla Oliveira.

Fomentadas pelo Programa de Oficinas Comunitárias, incentivada pela Pró-Reitoria de Extensão do IF Baiano, essas iniciativas são propostas pela comunidade acadêmica de acordo com as demandas locais. As oficinas tem um caráter prático de saber-fazer, são de curta duração e visam colaborar para o desenvolvimento social e econômico das comunidades. “Verificamos que Laje é um dos 10 municípios baianos que, nos últimos 20 anos, lidera a produção de mandioca no que se refere à área plantada, colhida e produção”, afirmou Clóvis.

A estudante do curso de Geografia, Ângela Calhau, resolveu participar da oficina como monitora voluntária, pois percebeu o quanto há para ser estudado na região e quanto esse conhecimento adquirido precisa ser disseminado, contribuindo também para sua melhor formação profissional. “Percebo que o contato com o homem do campo bem como o retorno as origens, minha, de meus pais e avós, atrelada ao conhecimento vivenciado na academia, certamente me faz uma futura professora mais humana e uma cidadã que busca vivenciar justiça social em minha rotina diária”, afirma.

Para Carlos de Jesus, agricultor do Vale do Jequiriçá, da comunidade Gameleira, participar da oficina foi uma forma de buscar conhecimento para o desenvolvimento local. “Pensar em conjunto é importante porque podemos trazer e fazer ações na comunidade. Os membros da comunidade ficaram mais animados e perceberam que através da associação podemos atingir nossos objetivos. Dessa vez, aprendemos como somos importantes e o nosso papel em abastecer as cidades com alimentos”, conclui.

Clóvis aponta que, com o decorrer da oficina, novas demandas foram surgindo, como a questão do acesso às terras no Vale, inovações na cadeia produtiva da mandioca, fabricação de beijus e instruções sobre produção de polpa de frutas. “A repercussão foi tão positiva que até a Secretaria da Agricultura trouxe demandas, a exemplo de cursos de formação sindical para jovens e de pesquisa para identificação de comunidade quilombolas, haja vista que existem áreas do município que foram produtoras de café notadamente com mão de obra escrava”.

Fotos: Angela Andrade Calhau e Claudia de Jesus Santos

sexta-feira, 14 de março de 2014

Oficina de comunicação capacita jovens para o mundo do trabalho

Comunicar-se de forma assertiva para inserção no mundo do trabalho. Essa é a proposta do professor Mário Jorge da Mata que vem trabalhando com pessoas das localidades mais carentes da região de Itapetinga sobre a utilização prática da língua portuguesa com o objetivo de promover emprego e renda.

A oficina “Comunicação Empreendedora” foi pensada para atender, principalmente, o público jovem. Em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social, o curso foi oferecido em duas etapas para cerca de vinte pessoas. O conteúdo teve dois focos principais: a comunicação individual e profissional e a comunicação estabelecida por associações rurais, enquanto instituição.

“O mais importante é que, sem dúvida, a autoestima das pessoas que participaram foi trabalhada a partir do bom uso dos diversos tipos de comunicação, principalmente, por um uso mais assertivo da língua portuguesa”, afirmou o professor Mário.

A iniciativa para o oferecimento do curso fez parte do Programa de Oficinas Comunitárias, incentivada pela Pró-Reitoria de Extensão do IF Baiano. Essas oficinas são propostas pela comunidade acadêmica de acordo com as demandas locais. Elas tem um caráter prático de saber-fazer, são de curta duração e visam colaborar para o desenvolvimento social e econômico das comunidades.

“Cursos desta natureza engrandecem o Instituto, mas não poderia ser diferente. É a nossa missão, através da extensão, atender as comunidades circunvizinhas nas quais o campus está inserido”, esclarece. O professor conta que pretende aperfeiçoar o formato da oficina para contemplar um maior número de pessoas, além de iniciar um projeto de Ciranda Literária e Curso de Redação. “Elaborar projetos que atendam aos anseios da região surge como uma das prioridades para docentes do Campus Itapetinga”, conclui.

Fotos: Gabinete da Prefeitura de Itapetinga

terça-feira, 11 de março de 2014

Agricultores aprendem sobre o aproveitamento de frutas

Produção de geleias, compotas, doces, rotulagem e comercialização de produtos. A forma de como realizar todas estas atividades foi o foco da oficina “Potencializando a Economia dos Quilombolas da Pedra”, proposta pelo professor Gean Carlo Capinan.

A proposta fez parte do Programa de Oficinas Comunitárias, incentivada pela Pró-Reitoria de Extensão do IF Baiano. A comunidade Quilombola da Pedra faz parte de um estudo do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena (NEAB), coordenado pela Pesquisadora Professora Izanete Souza, do Campus Itapetinga.

Com os estudos desenvolvidos pelo Neabi, foi identificado que, devido a falta de recursos e de assistência técnica especializada, não havia aproveitamento do excedente de produção na comunidade. “O aproveitamento de frutas possibilitaria aos agricultores familiares, conservar e beneficiar a produção, para além do consumo pela própria família, comercializar o excedente nas proximidades, agregando valor e reconhecimento por se tratar de um produto artesanal e de qualidade ”, disse o professor, Gean Capinan.

A oficina foi realizada de forma prática e objetiva, sendo demonstrados todos os processos de higienização do local para produção de alimentos: lavagem, seleção e sanitização dos frutos a serem processados, cuidados com a higienização pessoal, extração de pectina, pasteurização, produção de geleias (pimenta, maracujá e goiaba), produção de doces de corte (bananada e goiabada), produção de compotas (abacaxi, manga e goiaba), rotulagem e comercialização dos produtos.

Nilton Gama Santos, membro da comunidade, se sentiu grato pela iniciativa desenvolvida pelo IF Baiano.Esse trabalho foi muito importante para nós daqui do Quilombo, pois por causa de vocês [IF Baiano], teremos mais condições de aproveitar muitas frutas que antes perdíamos por aqui. E agora, quem sabe até criarmos uma associação para produção e comercialização dos produtos? Só temos a agradecer”.

A oficina contou com a participação de 18 membros da comunidade, contemplando um total de 10 famílias. Para a coordenadora do Neabi, do Campus Itapetinga, Izanete Souza, “a partir dessa oficina, os quilombolas da Pedra passaram a ter mais uma alternativa de fonte de renda utilizando, inclusive os frutos que eles já produzem e vislumbrando novas possibilidades de cultivo de frutas com vistas a produção de doces, compotas e geléias”.

Ela conta que ao retornar a comunidade, dias após a oficina, os quilombolas ainda vibravam com as aprendizagens, especialmente, com o fato de terem aprendido a fazer a pectina (produto extraído da casca do maracujá, responsável por garantir o aspecto gelatinoso aos doces).

Quem também vibra com as experiências adquiridas é a estudante do curso Técnico em Agropecuária, Elenice Lima Silva, que atuou como voluntária nas atividades da oficina. Ela conta que, além de trazer novos conhecimento para o seu aprendizado com a Extensão, a oficina possibilitou aplicar seus conhecimento teóricos de forma prática, assegurando o seu desenvolvimento pessoal e profissional. 

Fotos: Seidler Carvalho