Os estudantes do curso
Técnico em Agropecuária, modalidade Proeja, vem aprimorando os
conhecimentos práticos, a partir das experiências e vivências que
eles já possuíam no trato com a terra. Os alunos são jovens
camponeses da região de Santa Inês, que ingressaram no curso,
através de uma parceria do IF Baiano com o Instituto Mãe Terra.
De acordo com Aurélio de
Carvalho, coordenador de Difusão Técnica-científica e cultural, o
curso é voltado para agricultura familiar com base em agroecologia,
sendo oferecido em alternância, ou seja, um tempo escola e um tempo
comunidade. “Todos tem um vínculo com associações e com o
Campus. Esses alunos tem um conhecimento da roça e dos
tratos de algumas culturas”, disse. De acordo com ele, este é o
motivo da pequeno índice de desistência. “É
surpreendente, trabalhava de maneira incorreta, sem respeitar o meio
ambiente, mas o pouco que aprendi já pude pôr em prática e passar
para comunidade”, diz o estudante, Luciano Galvão.
No final de julho, alguns
desses estudantes estiveram em Salvador para um curso sobre
Agricultura Familiar Camponesa, coordenado por Horácio de Carvalho,
da UFPR. Um dos objetivos do curso foi politizar,
organizar e preservar a agricultura familiar camponesa no pais,
garantindo, a permanência dos jovens e mulheres no campo, com uma
vida digna e sustentável.
“Entender
a realidade da Agricultura Familiar Camponesa do país, a troca de
experiências com os outros agricultores familiares, ajuda-os a
entender melhor a sua própria história, possibilitando ao grupo
ser os protagonistas do desenvolvimento social e ambiental da
região”, disse Marialva Galvão, cooordenadora do Instituto Mãe
Terra. Para
o estudante, Gilvan Santos, o curso “me fez abrir os olhos para as
lutas e dilemas vividas pelo homem do campo”.
Para
os estudantes, a motivação vem da necessidade de levar
conhecimento e modificar a região onde vivem. “O curso ser na
modalidade alternância,
onde não
perco
contato direto com minha família; ajudo meus pais, minha região,
levando
e aplicando os conhecimento técnico”, diz
a aluna Edleuza Santos. “Tenho aprendido novas técnicas e, hoje,
já posso até desenvolvê-las na comunidade”, afirmou o estudante,
Geovane Souza. “O curso está atendendo as necessidades, enquanto
aluno agricultores vai me fazer com que eu me torne uma ótima
multiplicadora”, complementou, Geilisiane Santos.
“Trabalhar
na agricultura respeitando o meio ambiente e ao ser humano com
tecnicas agroecologicas, valorizacao do meu trabalho, enxergando e
aproveitando melhor os recursos existentes na minha comunidade para
melhorar a vida dos nossos agricultores familiares”- Mariana
Santana, estudante.
“Tenho
adquirido experiências que jamais imaginava” - Ana Paula Silva,
estudante.
Fotos: Aurélio Carvalho
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