“Bem-vindos
ao IF Baiano”, este é o título do primeiro módulo de uma série
de oito cartilhas produzidas pelo professor Enos de Freitas, do
Campus Senhor do Bonfim, para aprendizagem da Língua
Brasileira de Sinais (Libras). O material, além de permitir uma
aprendizagem básica do idioma, contém sinais e algumas frases
prontas para contextos específicos. O professor diz que a intenção
é “contribuir para que a comunidade
acadêmica sentisse um conforto e estímulo maior para a interação
entre surdos e ouvintes. Espero criar uma zona de acolhimento
linguístico e sociológico”.
No
Campus Senhor do Bonfim, são doze alunos com alguma
necessidade específica, sendo quatro estudantes surdos usuários da
Libras. Para Jéssica Aleixo, o material produzido pelo professor
Enos “é muito necessário, muito importante e é bom. A Língua de
Sinais tem que ser evidenciada, tem que ser mostrada e alguns acessam
mesmo, para ver como é, então é interessante esse link, essa
oportunidade”, disse. A cartilha está disponível na página do
Campus Senhor do Bonfim.
Outra
iniciativa para que estes estudantes possam acompanhar o curso e se
comunicar no ambiente acadêmico, é a criação de um minicurso de
Libras, de caráter contínuo, pelo Napne do Campus. “Começamos
um minicurso em outubro com uma turma da secretaria. Alguns membros
que estiveram na ocasião, agora conseguem ter um contato básico com
os alunos surdos”, disse o professor.
Para
os quatro estudantes surdos que ingressaram no curso Técnico em
Agropecuária, a expectativa é positiva em relação ao
acompanhamento do curso e interação
com a comunidade acadêmica. “As
pessoas em maior ou menor grau me acolheram bem. As pessoas,
em geral, foram educadas, alguns queriam aprender os sinais por
educação, outros ficaram observando. Alguns não querem, mas, não
vejo problema nisso, é normal e espero que as pessoas continuem se
esforçando em aprender os sinais naturalmente”, disse o estudante,
Jair Rodrigues.
Já
para estudante Geomara Damasceno, “as primeiras impressões foram animadoras.
Já desenvolvemos amizades, vínculos. É importante que o surdo seja
visualizado, para que haja uma satisfação. Fiquei contente com
essa iniciativa [de produção da cartilha]”, disse. E Elaine Freitas
complementa, “Eu desejo que a gente possa interagir bem com os professores, e assim,
receber um ensino de qualidade, e quanto aos alunos, que haja uma boa
amizade, que a interatividade que seja algo natural”, disse.
Para
atender com eficácia e eficiente todos os alunos, o IF Baiano está
estruturando os Núcleos de Atendimento à Pessoa com Necessidades
Específicas (Napne) nos campi. Conforme
a proposta de Regimento dos Napne, cada núcleo deve contar com uma
equipe multidisciplinar (assistente social, pedagogo, psicólogo) e
dispor de ambiente com acessibilidade física, espacial e mobiliária,
além de recursos de Tecnologias Assistivas para as Pessoas com
Necessidades Específicas (PNE).
Revista Bem Baiano (4ª Edição) - Capa: Direito à Educação contempla necessidade de todos
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Fotos: Fátima
Nascimento / Ascom do Campus Senhor do Bonfim
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