Produção
de geleias, compotas, doces, rotulagem e comercialização de
produtos. A forma de como realizar todas estas atividades foi o foco da
oficina
“Potencializando a Economia dos Quilombolas da Pedra”, proposta
pelo professor Gean Carlo Capinan.
A
proposta fez parte do Programa de Oficinas Comunitárias, incentivada
pela Pró-Reitoria de Extensão do IF Baiano. A comunidade Quilombola
da Pedra faz parte de um estudo do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro
e Indígena (NEAB), coordenado
pela Pesquisadora Professora Izanete Souza, do Campus
Itapetinga.
Com
os estudos desenvolvidos pelo Neabi, foi identificado que,
devido a
falta de recursos e de assistência técnica especializada, não
havia aproveitamento do excedente de produção na comunidade. “O
aproveitamento de frutas possibilitaria aos agricultores familiares,
conservar e beneficiar a produção, para além do consumo pela
própria família, comercializar o excedente nas proximidades,
agregando valor e reconhecimento por se tratar de um produto
artesanal e de qualidade ”, disse o professor, Gean Capinan.
A
oficina foi realizada de forma prática e objetiva, sendo
demonstrados todos os processos de higienização do local para
produção de alimentos: lavagem, seleção e sanitização dos
frutos a serem processados, cuidados com a higienização pessoal,
extração de pectina, pasteurização, produção de geleias
(pimenta, maracujá e goiaba), produção de doces de corte (bananada
e goiabada), produção de compotas (abacaxi, manga e goiaba),
rotulagem e comercialização dos produtos.
Nilton
Gama Santos, membro
da comunidade, se sentiu grato pela iniciativa desenvolvida pelo IF
Baiano.
“Esse
trabalho foi muito importante para nós daqui do Quilombo, pois por
causa de vocês [IF
Baiano],
teremos mais condições de aproveitar muitas frutas que antes
perdíamos por aqui. E
agora, quem sabe até criarmos uma associação para produção e
comercialização dos produtos? Só
temos a agradecer”.
A
oficina contou com a participação de 18 membros da comunidade,
contemplando um total de 10 famílias. Para a coordenadora do Neabi,
do Campus Itapetinga, Izanete Souza, “a partir dessa oficina, os
quilombolas da Pedra passaram a ter mais uma alternativa de fonte de
renda utilizando, inclusive os frutos que eles já produzem e
vislumbrando novas possibilidades de cultivo de frutas com vistas a
produção de doces, compotas e geléias”.
Ela
conta que ao retornar a comunidade, dias após a oficina, os
quilombolas ainda vibravam com as aprendizagens, especialmente, com o
fato de terem aprendido a fazer a pectina (produto extraído da casca
do maracujá, responsável por garantir o aspecto gelatinoso aos
doces).
Quem
também vibra com as experiências adquiridas é a estudante
do curso
Técnico em Agropecuária,
Elenice Lima Silva, que
atuou como
voluntária nas
atividades da oficina.
Ela conta
que, além
de trazer novos conhecimento para o seu aprendizado com a Extensão,
a oficina
possibilitou
aplicar seus conhecimento teóricos de forma prática, assegurando o
seu desenvolvimento pessoal e profissional.
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