Série
de programas sobre os polos de EaD ressalta cultura local
Foi lançado, na IV Reunião técnica
de coordenadores de polo da Rede E-Tec do IF Baiano, o primeiro
episódio de uma série de produções audiovisuais sobre Educação
a Distância do Instituto. A ideia surgiu da necessidade de
fortalecer institucionalmente a modalidade, demonstrando o potencial
regional e gerando pertencimento em todos os agentes envolvidos com a
Educação a Distância. Este primeiro vídeo, foi gravado nos municípios de Alagoinhas, Conceição da Feira, Santo Estevão e Santa Terezinha.
Com uma roupagem leve e informal,
retratando as peculiaridades locais, é apresentado pelo
professor Marcos Cajaíba Mendonça,
que coordena
a Rede E-Tec no Instituto. Nesta
entrevista, ele conta que cada edição abordará os aspectos
culturais da Bahia, de acordo com o território de identidade onde se
encontra o polo a distância. Ele
demonstra o desejo de que os estudantes se reconheçam e sejam
reconhecidos como agentes de suas
próprias
histórias.
Bem
Baiano - Como surgiu a ideia do vídeo? Qual o objetivo?
Cajaíba - A ideia do vídeo
surgiu por conta de dois fatores: a riqueza que a gente tem nos
municípios e para fazer a divulgação dos nossos polos e das
atividades que são realizadas lá. A ideia era fazer um vídeo com
essa “pegada” mais leve, mais informal, para que as pessoas
pudessem perceber no território da Bahia onde o IF Baiano está,
através da EaD, e as riquezas que existem nesse contexto dos
municípios.
Bem Baiano - Qual é a proposta
do projeto?
Cajaíba - O Núcleo de
Tecnologias da EaD tem essa função de trabalhar com a divulgação
e promover a comunicação. É um programa, intitulado “Simbora”,
que tem essa vertente de mostrar as ações de cada pólo. Estamos em
17 territórios de identidade da Bahia e dividimos esses pólos em
regiões. Esse primeiro vídeo, trata da região da maniçoba, onde
estão presentes os pólos: Catu, Alagoinhas, Santo Estevão e Santa
Terezinha. Então, seriam vários episódios.
...é um experiência vital. Falar da cultura, a partir do local onde você está, tentar ver com os olhos, com as cores e os sabores da região...
- Marcos Cajaíba -
Cajaíba - Os polos estão em
regiões estratégicas, onde localidades circunvizinhas acabam
migrando para os polos. As atividades da EaD acabam fazendo um papel
educacional muito geral, não só gerar o conhecimento técnico de um
curso ou conteúdo, mas da interação, da responsabilidade, da
mobilização estudantil. Os alunos [da EaD] fazem parte do quadro de
um campus do IF Baiano que está próximo, tendo os mesmos direitos
de qualquer aluno. Então, os pólos acabam contribuindo também para
o processo de politização, de conscientização e de participação.
Para mim, também existe a questão cultural, pois além das aulas
que acontecem, há a interação deles com a realização de
atividades curriculares e não curriculares. O polo é um ponto de
referência do IF Baiano onde os campi não estão. Esse é o caráter
da EaD de chegar em lugares que a modalidade presencial não consegue
ou não tem facilidade de chegar.
Bem Baiano - Como está sendo a
experiência de gravar o vídeo?
Cajaíba - Foi e é um
experiência vital. Falar da cultura, a partir do local onde você
está, tentar ver com os olhos, com as cores e os sabores da região,
é algo que me deixa bastante eufórico. E pensar também que estamos
fazendo do ponto de vista institucional, que acaba contribuindo a
missão do Instituto Federal Baiano, que é a interiorização do
conhecimento. Enquanto servidor, membro da Educação a Distância e
educador, poder fazer parte desse momento de divulgação e registro
da memória, é contribuir com a Rede.
Bem Baiano - O que você espera
da reação do público, dos estudantes e agentes da EaD ao assistir
o vídeo?
Cajaíba - Espero que eles se
vejam como participantes, que eles tenham as vozes e imagens deles
garantidas. Além de serem cursistas, alunos, eles são seres humanos
culturais, singulares que fazem parte de uma região. Uma coisa que
me angustia na região da Bahia, sobretudo no interior, é uma
questão relacionada ao preconceito por estar na roça, na caatinga,
em lugares distantes e etc..Daí, a importância de perceber que isto
é muito bom. Os lugares onde eles vivem são interessantes e isto
pode viralizar na Rede Federal, através do processo de comunicação
com os outros Institutos. De repente, que estes alunos sejam vistos
como participantes, fazedores da educação. É valorizar o que temos
de mais bonito que são eles, as coisas, as cores, os lugares deles e
jogar para o mundo para ver o que dá.
Fotos: Luiz Eduardo/Ascom-Reitoria
Fotos: Luiz Eduardo/Ascom-Reitoria
Simbora
Ficha técnica:
Apresentação: Marcos Cajaíba
Produtora: Pollyanna
Brasil
Imagens e Edição: Luiz
Eduardo
Videografismo: Vinny Almeida
Áudio: Adriano Veloso
Produção: Coordenação de
Comunicação Social
Co-Produção: Diretoria de
Educação a Distância
Muito bem feito. E muito interessante. Dar valor ao povo da roça, sua sabedoria e sua cultura.
ResponderExcluirPARABENS POR ESSE TRABALHO.