Imagine
um dia dedicado às artes! Discussões,
reflexões e
apresentações
artísticas
(teatro,
dança, música, recitação
de poemas)
voltadas
a meio ambiente, sociedade e cultura africana. “Foi
um momento de aprendizado coletivo e de discussões amplas sobre quem
somos e o quanto ainda precisamos aprender sobre nossa História
enquanto brasileiros, mas também enquanto sujeitos que buscam seu
espaço na sociedade e precisam aprender a fazê-lo sem agressão ao
meio ambiente e aos demais sujeitos que o integram”, afirmou
Fabiane Andrade, professora de História
do Instituto Federal Baiano – Campus
Valença, ao comentar sobre o evento "Repensando as Questões Afro-Brasileiras – Diálogos sobre Cultura, Memória e Identidade” que aconteceu no dia 18 de julho na cidade.
“O
que diz minha cor?”, por
exemplo,
foi
tema central
para as oficinas. Um estímulo para os
oficineiros e os estudantes
que precisavam se reconhecerem e se respeitarem na diversidade que é
a sociedade brasileira. “Por
conta da historicidade do tema, muitos estudantes fizeram relatos
autobiográficos demonstrando o quanto sofrem preconceitos aqueles
que se identificam com religião e mesmo com a estética afro”,
destacou
Andrade. Para
a professora, ver os estudantes, no palco, representou um momento de
emoção. “Muitos talentos escondidos até o momento se revelaram e
temos certeza de que foi um dia que marcou a nós, professores, que
nos envolvemos no projeto e aos estudantes que se perceberam com
potencialidades que muitos deles desconheciam”, disse.
Outros
momentos de destaque estiveram na palestra de Leandro Bulhões que
trouxe uma articulação entre candomblé, filosofia Umbutu,
agroecologia, meio ambiente, sociedade, respeito e cultura africana,
no
espetáculo teatral Vozes da África (direção Jhessy Coutinho) e
na encenação de poemas do poeta baiano Castro Alves. “Uma
verdadeira aula sobre cultura e resistência”, entusiasmou-se
a docente ao falar sobre a temática.
Para
os envolvidos no projeto, o
maior aprendizado esteve
na coletividade. “Abordou também vários assuntos que deveriam ser
discutidos diariamente, além de oferecer conhecimentos sobre a
cultura afro que muitos desconheciam”, falou Camila Furtado,
estudante de agroecologia. “Percebermos
o quanto cada um pode ensinar ao outro, que cada sujeito, tenha ele
formação acadêmica ou não tem um relato, uma história de vida,
um dom
a
ser compartilhado. Creio que esse aprendizado coletivo foi marcante
para todos”, finalizou
Fabiane.
“Se
no nosso país é considerado que todos nós somos miscigenados,
por
que existe preconceito????”
-
Camila Furtado, estudante de agroecologia -
Participação/Agradecimento (Comissão Organizadora): monitores/estudantes, em especial Gisele, Raiane, Mércia, Hellen, Adriane Café, Alina, Daniela e Milena Rodrigues.
Fotografia/Acervo:
IF Baiano/Campus Valença/Neabi
Nenhum comentário:
Postar um comentário