Agora,
em maio,
o
Instituto Federal Baiano/Campus
Santa Inês conduz
um diálogo com a comunidade acadêmica sobre a implementação
do mestrado
profissional
em Zootecnia no contexto da agropecuária familiar. “Espera-se
alinhamento de uma proposta do
mestrado
profissional,
tendo em vista a qualificação dos profissionais e o desenvolvimento
de tecnologia social e informações que contribuam para
desenvolvimento do semiárido”,
explica
Carlindo Rodrigues, professor
e mediador
no evento.
Fruto
das discussões referentes
às
demandas
de
movimentos sociais e
comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas, ribeirinhos, etc),
o
curso pretende ser uma resposta ao
seguinte contexto: “a
lei de criação dos Institutos
prevê a atuação dos mesmos
desde o ensino técnico à
pós-graduação. Na
Capes –
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,
existem somente dois mestrados profissionais em Zootecnia
recomendados e reconhecidos, situados na Região Sudeste e com foco
no agronegócio”, explica
Rodrigues.
O
professor Carlindo complementa
que, para reforçar a justificativa no mestrado nesta área, “na
Bahia, existem quatro instituições que ofertam a pós-graduação
na área animal (UFBA, UFRB, UESB, UESC) e as mesmas ofertam na
modalidade acadêmico e estão concentrados mais próximos às
regiões litorâneas. No
IF Baiano, há mais de 50 doutores, em nosso quadro docente, na área
animal”, diz.
“Justifica-se
o curso de mestrado profissional em Zootecnia no Campus
Santa
Inês,
principalmente pelo foco na agropecuária familiar no contexto do semiárido
e pela interiorização da pós-graduação no Estado” (Carlindo Rodrigues)
principalmente pelo foco na agropecuária familiar no contexto do semiárido
e pela interiorização da pós-graduação no Estado” (Carlindo Rodrigues)
Assim,
a equipe do
Blog Bem Baiano
entrevista
uma das palestrantes do evento para contextualizar uma das temáticas
que estará em discussão. A
pesquisadora Manuela Tosto (UFBA),
professora-adjunta
do Departamento
de Zootecnia da UFBA
fala-nos
sobre a
pós-graduação, o seu processo de interiorização e a
ambiência e o
bem-estar
animal para a agricultura familiar.
Blog
Bem Baiano - Qual
a importância da interiorização da pós-graduação para o
desenvolvimento da área de pesquisa?
Manuela Tosto -
Segundo
o Comitê Brasileiro, 70% do alimento que é produzido no mundo tem
origem nas agriculturas familiares de camponeses e indígenas. Essa
população está concentrada nas zonas rurais e em pequenos centros
urbanos. A interiorização irá contribuir com a real necessidade
dessa população e as ações e estudos podem estar vinculados a
essas necessidades.
Blog
Bem Baiano - Enquanto
profissional envolvida
com a pós-graduação no Brasil, qual a importância do IF Baiano
está fomentando uma discussão para implementar seu segundo mestrado
profissional?
Manuela
Tosto -
A
formação de profissionais preocupados em inovar os sistemas de
criação animal e manejo contribui com o desenvolvimento da pecuária
brasileira e, consequentemente, com a inserção de produtos seguros
para a saúde humana e para o ambiente.
Blog
Bem Baiano - Qual
será
a sua principal contribuição para a discussão?
Manuela
Tosto -
Atualmente,
o consumidores e os mercados que absorvem produtos de origem animal
estão preocupados com questões relacionadas ao bem-estar animal e a
preservação ambiental. Assim, pequenos, médios e grandes
produtores precisam
adequar os atuais sistemas de produção às novas exigências
do mercado interno e externo e a nova consciência de manejo
humanitário.
“Quando
as normas de conduta voltadas ao bem-estar animal são implementadas,
criam,
nos agricultores, a percepção da ética do cuidado. (Isso)
torna-se uma força de aproximação entre
os membros da família e
das comunidades envolvidas, eleva a produtividade animal, melhora
a
condição de trabalho e promove a justiça social” (Manoela
Tosto)
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