Até
o dia 15 de janeiro, o Instituto Federal Baiano (IF Baiano) está com
inscrições abertas para o processo seletivo do Mestrado
Profissional em Produção Vegetal no Semiárido (MPPVS).
O
curso gratuito, com oferta no Campus
Guanambi, tem
13 (treze) vagas e destina-se à qualificação de profissionais para
intervenção e resolução de problemas que limitam a produção
vegetal no semiárido.
Para
saber mais sobre o curso, dois estudantes conversaram
com a equipe do Bem Baiano sobre a rotina deles:
Bem
Baiano – Por
que escolheu esse mestrado?
Cleiton
Brito -
Sou
de origem rural inserida na região semiárida.
Convivi
durante muito tempo com os problemas da produção
vegetal da região. Nesse sentido, vi, no curso, a possibilidade de
trabalhar com soluções e alternativas para a produção vegetal
na região semiárida e poder dar uma resposta à sociedade para os
problemas outrora “sem
solução”.
Geovane
Azevedo - Foi
para me atualizar na área em que trabalho, visto que tem foco na
área de fisiologia vegetal e em culturas irrigadas e de sequeiro.
A
possibilidade de cursar o mestrado próximo de minha casa e do meu
trabalho viabilizou o deslocamento e a conciliação com o meu
trabalho.
A
estrutura física e o corpo docente da unidade também foram
decisivos na minha escolha, o que tem facilitado na execução dos
trabalhos
e experimentos.
Bem
Baiano – O
que está achando do curso?
Cleiton
Brito -
Atende às expectativas e, com a extrapolação dos resultados das pesquisas,
ou seja, dos produtos que serão gerados, haverá um
impacto positivo para o setor produtivo
inserido na região semiárida.
Geovane
Azevedo - Encontrei
um grupo envolvido com o projeto de implantação inicial do curso,
preocupado com a qualidade das aulas, horários, metodologias
utilizadas, enfim com o desenrolar harmonioso das atividades
inerentes ao curso.
Outro
aspecto bastante importante é a estrutura de laboratórios e
biblioteca que contribuíram e muito têm contribuído como apoio aos
estudos e na execução dos trabalhos práticos efetuados durante as
aulas.
O
apoio da instituição aos alunos de outras cidades onde foi
disponibilizado uma residência também foi importante
para os estudantes do mestrado.
Bem
Baiano – Mais
interessante e desafiador?
Cleiton
Brito -
O
mais interessante e, ao mesmo tempo, desafiador é a busca por
soluções e alternativas
para a produção vegetal no sistema Água - Solo - Planta -
Atmosfera da região
semiárida.
Geovane
Azevedo - O
mais interessante: a possibilidade de viabilizar a participação do
profissional que está em plena atividade de
trabalho. Com a implantação do mestrado no interior do Estado da
Bahia, o curso não perde em qualidade e viabiliza a participação
dos profissionais que não tem disponibilidade de realizar o
investimento financeiro para a manutenção e o deslocamento.
Bem
Baiano –
O
que esse mestrado irá agregar mais à sua vida?
Cleiton
Brito - Proporcionará
uma visão integrada e ampla de como trabalhar com a produção
vegetal na região semiárida, dessa forma os profissionais formados
terão capacidade
de extrapolar os conhecimentos adquiridos para a sua vida
profissional.
Gostaria
de seguir carreira acadêmica e trabalhando com os objetos de
pesquisa da região semiárida. No entanto, outra opção que me
desafia seria montar uma
empresa de assistência técnica, tendo como foco a região
semiárida.
Geovane
Azevedo - Possibilitará a abertura de novos
projetos tanto na área acadêmica pública e privada quanto na área
de consultorias e assistência técnica.
Tenho
experiência na carreira acadêmica e pretendo continuar me
preparando para concursos da área acadêmica.
“A
participação de outros docentes de outras instituições muito
contribuiu para o curso.
A troca de experiência e informações
acrescentaram muito e que devem ser
preservadas e incentivadas a participação
de outros docentes”
-
Geovane Azevedo, estudante do mestrado -
“Praticamente,
todos os profissionais transmitem a teoria aliada a suas
experiências práticas de convívio com a produção vegetal.
Dessa forma, os alunos passam a ter uma visão ampliada do sistema
produtivo, o que é de grande importância para os mestrandos que
estão trabalhando numa região desafiadora
como a semiárida”
-
Cleiton Brito, estudante do mestrado -
Perfis:
Cleiton
Fernando Barbosa Brito: formação
superior (Engenheiro
Agrônomo -
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Baiano - Campus
Guanambi).
Tema:
cultura
de ciclo longo -
abacaxizeiro.
Produto:
artigo
científico ou cartilha;
Geovane
Teixeira de Azevedo: formação
superior (Engenheiro
Agrônomo –
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB).
Tema:
avaliações
fisiológicas de híbridos de maracujá amarelo (Passiflora
edulis f. flavicarpa) enxertado em maracujá-do-mato - (Passiflora
cincinnata Mast.) quanto à sensibilidade ao estresse hídrico.
Com
a palavra a Coordenação do Mestrado:
Bem
Baiano – O
desempenho da primeira turma?
Carlos
Elízio Cotrim -
O
desempenho acadêmico da primeira turma foi bom. Quanto à
participação
em eventos, parte do corpo docente que atua no mestrado (permanente
ou colaborador) participou de eventos científicos nacionais e
internacionais como de eventos locais e regionais na área de
extensão.
Bem
Baiano – O
que teve de mais desafiador?
Carlos
Elízio Cotrim - A atuação em três níveis
de ensino de forma concomitante que é uma verdadeira ginástica
cerebral diante das abordagens de conteúdos e de interesses dos
diferentes públicos.
Bem
Baiano – O
que
o mestrado mais agrega ao pilar Pesquisa do IF Baiano?
Carlos
Elízio Cotrim -
Com o aumento da quantidade e da
qualidade dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelo Instituição e
com a possibilidade de inovação tecnológica para o desenvolvimento
do semiárido brasileiro, promovendo uma maior interação com
instituições públicas, empresas privadas e agricultores familiares
parceiros e desenvolvimento de pesquisa em sintonia com a demanda da
comunidade
e não somente da própria cabeça dos pesquisadores.
“As
pesquisas gerarão produtos ou protótipos direcionados
para resolver problemas
do semiárido como, por exemplo, a utilização
de água de baixa qualidade, o déficit hídrico,
a definição de
sistemas para a segurança produtiva de culturas xerófitas, a
sustentabilidade
e a resiliência dos sistemas de
produção sejam eles irrigados ou de sequeiro”
-
Carlos Elízio Cotrim, coordenador do mestrado -
Saiba
mais:
Pesquisas
em andamento:
-
Caracterização fisiológica e fitotécnica de cultivares de
bananeiras tipo Pacovan, Cavendish e Maçã em ambiente
semiárido;
-
Uso de estratégias metodológicas no ensino da botânica para alunos
da EJA;
-
Desenvolvimento, avaliação e difusão de uma ferramenta para manejo
de irrigação, acessível aos produtores da agricultura familiar;
-
Uso de diferentes lâminas de irrigação com água salina na cultura
do abacaxi Perola;
-
Avaliações fisiológicas de híbridos de maracujá amarelo
enxertado em maracujá-do-mato quanto à sensibilidade ao estresse
hídrico;
-
Eficiência de uso da água em cultivares de mamoneira;
-
Estabelecimento de faixas de suficiência para diagnostico
nutricional da palma forrageira ‘Gigante’;
-
Comportamento da palma forrageira cultivada sob diferentes
populações;
-
Produção de pimentão sob diferentes estratégias de irrigação
com e sem cobertura do solo, no semiárido baiano;
-
Estratégia de utilização de água salina no cultivo de palma
Forrageira.
Produtos:
artigos, boletins técnicos de extensão, dissertação e
desenvolvimento de um laboratório vivo para ensino na EJA.
Perfil
da 1a turma: 30%
dos alunos selecionados são de agrônomos
recém-formados, egressos do próprio IF Baiano Campus
Guanambi, sendo que um deles já atua como profissional técnico de
órgão público desde a graduação. Os outros 70% são
profissionais com atuação no mercado de trabalho em diferentes
órgãos ou empresas e até como autônomo (instituto estadual de
meio ambiente, prefeitura municipal, empresa agrícola privada, rede
estadual de ensino, órgão público federal de infraestrutura e
profissional autônomo).
Fotografia: Acervo / Coordenação do Mestrado
Fotografia: Acervo / Coordenação do Mestrado
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