O
decreto-lei n. 5.540, de 2 de junho de 1943, seguiu a proposta do
Primeiro Congresso Indigenista Interamericano (1940) para a data 19
de abril ser o “Dia do Índio”. Pela construção histórica da
data, dedica-se um dia para a valorização da cultura indígena seja
por exposição de pesquisas sobre a vida deles, exposições
culturais ou eventos diversos. Mas, para muitos especialistas, a
disseminação do ser indígena deve estar no cotidiano e no meio
científico: “acredito
que o tratamento acadêmico tem se tornado cada vez mais
especializado com respeito e relevância”, afirma Isis Halim,
coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas
(Neabi) no Instituto Federal Baiano (IF Baiano) – Campus
Teixeira de Freitas.
A
apresentação do Dia do Índio fora dos estereótipos é um desafio,
especialmente para os educadores porque geralmente o senso comum
costuma retratar apenas os hábitos sociais e culturais desses povos
sem contextualização. “O grande desafio é trazer para a vida
'real' as descobertas, as pesquisas e os trabalhos
acadêmicos, especialmente no sentido de torná-los fontes
geradas de melhorias/adaptações da cultura indígena à sociedade
atual”, declara Halim.
Desde
2008, no Brasil, tornou-se obrigatório o estudo da história e da
cultura afro-brasileira e indígena nas escolas de ensino fundamental
e médio no âmbito de todo currículo escolar, especialmente de
educação artística, literatura e história brasileiras. No IF
Baiano, é o Neabi responsável por “articular e promover ações
referentes à questão da igualdade e da proteção dos direitos de
pessoas e grupos étnicos atingidos por atos discriminatórios, a
exemplo do racismo, através de atividades de ensino, pesquisa e
extensão” (Regimento do Neabi/2015).
Segundo
a coordenadora Ísis, a data comemorativa é de suma importância
enquanto “representatividade de afirmação e sensibilização
relativa às políticas indigenistas”, pontua. Contudo, ela destaca
que o envolvimento cotidiano da escola com o tema faz-se importante
por representar “uma forma eficaz de inclusão da diversidade. Como
forma de respeito e convívio”, finaliza.
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