Esquema dos cruzamentos controlados |
Há
cinco anos, um grupo de pesquisadores do Instituto Federal Baiano (IF
Baiano) dos Campi
Catu, Guanambi, Itapetinga e Senhor do Bonfim realiza estudos
voltados para a eficiência e a
sustentabilidade
dos sistemas agrícolas implantados no semiárido
nordestino. Com
foco nos agrossistemas implantados
na caatinga,
as abordagens passam por origem, histórico de uso e impacto dos
sistemas de manejo de solo e culturas agrícolas.
O
Projeto “Programa de melhoramento genético da mamoeira para o
semiárido baiano”, ligado ao grupo de pesquisa “Manejo
dos sistemas agrícolas na região semiárida”, é hoje pauta no Bem Baiano. Ele objetiva gerar
cultivares adaptadas as condições edafoclimáticas do semiárido
baiano. O professor Leandro Peixouto explica: “selecionaremos
genótipos (plantas) que apresentem características como a alta
produtividade, o
porte
reduzido, o
alto teor de óleo e a
precocidade”,
fala.
Como
funciona? “Propomos
cruzar oito
cultivares comerciais de mamona entre si, gerando 28 pares de
cruzamentos. Esses
cruzamentos serão levados a campo e selecionados para os caracteres
descritos acima. Os cruzamentos selecionados serão autofecundados
e plantados novamente. Esse
processo será feito até a sexta geração (ciclo de
autofecundação). Nessa
última geração, selecionaremos as 20 linhagens que serão
avaliadas em diferentes locais e em dois anos para selecionar qual
será lançada como uma nova cultivar”, detalha
Peixouto.
O
professor diz que a proposta é “tornar
a mamona uma cultura atrativa ao produtor da região, ampliando,
assim, as alternativas viáveis para o semiárido. É fazer com que o
produtor tenha maiores garantias que irá ter lucro e, assim, poder
gerar melhor qualidade de vida para ele e sua família. É fixar o
homem no campo”, declara.
Como o processo demora para ter resultados significativos, o
pesquisador tem a expectativa de, no fim de 2017, ter selecionado 20
plantas
que apresentem alta produtividade, porte reduzido, alto teor de óleo
e precocidade.
Desse
projeto, Peixouto afirma que a ideia é também a realização de
Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) sobre o assunto, produzido por
estudantes do curso de engenharia agronômica do IF Baiano – Campus
Guanambi.
#ProduçãoCientífica
Projeto:
Fase
atual - segundo
ciclo de autofecundação. Com a observação de cruzamentos
promissores, eles serão autofecundados e replantados para dar
continuidade ao Programa.
Destaque
- esse
projeto é o primeiro ciclo de seleção recorrente que é,
basicamente, sucessivos ciclos de cruzamento e seleção para
aumentar gradativamente o número de genes favoráveis em um
genótipo. Por isso, o Programa irá se estender por vários anos. “A
cada ciclo de seleção, podemos obter cultivares ainda mais
produtivas e que sejam resistentes a pragas e doenças”, destaca
Peixouto.
Realizadores/Parceiros:
IF
Baiano – Campus Guanambi – pesquisadores e áreas experimentais;
Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico– CNPq (financiador / concessão de bolsas de iniciação
científica júnior);
Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) (concessão de bolsas de iniciação científica);
Instituto Agronômico de Campinas (ICA) / Empresa Baiana de Desenvolvimento
Agrícola S/A (EBDA) – cessão de sementes das cultivares
desenvolvidas e seus genótipos promissores para serem utilizadas
como genitores no Programa.
Linhas
de pesquisa -
Melhoramento
de Plantas e Biotecnologia
Fotografia:
Acervo / Grupo de pesquisa Manejo
dos sistemas agrícolas na região semiárida
“Acreditamos
que é possível produzir de forma sustentável e ainda, assim,
trazer qualidade de vida aos produtores. E o público-alvo
são produtores rurais da região identidade do Sertão Produtivo
seja ele pequeno, médio ou grande”
-
Leandro Peixouto, pesquisador -
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