sexta-feira, 18 de setembro de 2015

“Simbora”! Palavra de ordem na EaD do IF Baiano

Série de programas sobre os polos de EaD ressalta cultura local


Foi lançado, na IV Reunião técnica de coordenadores de polo da Rede E-Tec do IF Baiano, o primeiro episódio de uma série de produções audiovisuais sobre Educação a Distância do Instituto. A ideia surgiu da necessidade de fortalecer institucionalmente a modalidade, demonstrando o potencial regional e gerando pertencimento em todos os agentes envolvidos com a Educação a Distância. Este primeiro vídeo, foi gravado nos municípios de Alagoinhas, Conceição da Feira, Santo Estevão e Santa Terezinha.

Com uma roupagem leve e informal, retratando as peculiaridades locais, é apresentado pelo professor Marcos Cajaíba Mendonça, que coordena a Rede E-Tec no Instituto. Nesta entrevista, ele conta que cada edição abordará os aspectos culturais da Bahia, de acordo com o território de identidade onde se encontra o polo a distância. Ele demonstra o desejo de que os estudantes se reconheçam e sejam reconhecidos como agentes de suas próprias histórias.


Bem Baiano - Como surgiu a ideia do vídeo? Qual o objetivo?

Cajaíba - A ideia do vídeo surgiu por conta de dois fatores: a riqueza que a gente tem nos municípios e para fazer a divulgação dos nossos polos e das atividades que são realizadas lá. A ideia era fazer um vídeo com essa “pegada” mais leve, mais informal, para que as pessoas pudessem perceber no território da Bahia onde o IF Baiano está, através da EaD, e as riquezas que existem nesse contexto dos municípios.

Bem Baiano - Qual é a proposta do projeto?

Cajaíba - O Núcleo de Tecnologias da EaD tem essa função de trabalhar com a divulgação e promover a comunicação. É um programa, intitulado “Simbora”, que tem essa vertente de mostrar as ações de cada pólo. Estamos em 17 territórios de identidade da Bahia e dividimos esses pólos em regiões. Esse primeiro vídeo, trata da região da maniçoba, onde estão presentes os pólos: Catu, Alagoinhas, Santo Estevão e Santa Terezinha. Então, seriam vários episódios.

...é um experiência vital. Falar da cultura, a partir do local onde você está, tentar ver com os olhos, com as cores e os sabores da região...

- Marcos Cajaíba -

Bem Baiano - Qual o papel dos polos EaD?

Cajaíba - Os polos estão em regiões estratégicas, onde localidades circunvizinhas acabam migrando para os polos. As atividades da EaD acabam fazendo um papel educacional muito geral, não só gerar o conhecimento técnico de um curso ou conteúdo, mas da interação, da responsabilidade, da mobilização estudantil. Os alunos [da EaD] fazem parte do quadro de um campus do IF Baiano que está próximo, tendo os mesmos direitos de qualquer aluno. Então, os pólos acabam contribuindo também para o processo de politização, de conscientização e de participação. Para mim, também existe a questão cultural, pois além das aulas que acontecem, há a interação deles com a realização de atividades curriculares e não curriculares. O polo é um ponto de referência do IF Baiano onde os campi não estão. Esse é o caráter da EaD de chegar em lugares que a modalidade presencial não consegue ou não tem facilidade de chegar.

Bem Baiano - Como está sendo a experiência de gravar o vídeo?

Cajaíba - Foi e é um experiência vital. Falar da cultura, a partir do local onde você está, tentar ver com os olhos, com as cores e os sabores da região, é algo que me deixa bastante eufórico. E pensar também que estamos fazendo do ponto de vista institucional, que acaba contribuindo a missão do Instituto Federal Baiano, que é a interiorização do conhecimento. Enquanto servidor, membro da Educação a Distância e educador, poder fazer parte desse momento de divulgação e registro da memória, é contribuir com a Rede.

Bem Baiano - O que você espera da reação do público, dos estudantes e agentes da EaD ao assistir o vídeo?

Cajaíba - Espero que eles se vejam como participantes, que eles tenham as vozes e imagens deles garantidas. Além de serem cursistas, alunos, eles são seres humanos culturais, singulares que fazem parte de uma região. Uma coisa que me angustia na região da Bahia, sobretudo no interior, é uma questão relacionada ao preconceito por estar na roça, na caatinga, em lugares distantes e etc..Daí, a importância de perceber que isto é muito bom. Os lugares onde eles vivem são interessantes e isto pode viralizar na Rede Federal, através do processo de comunicação com os outros Institutos. De repente, que estes alunos sejam vistos como participantes, fazedores da educação. É valorizar o que temos de mais bonito que são eles, as coisas, as cores, os lugares deles e jogar para o mundo para ver o que dá.

Fotos: Luiz Eduardo/Ascom-Reitoria
Simbora
Ficha técnica:

Apresentação: Marcos Cajaíba
Produtora: Pollyanna Brasil
Imagens e Edição: Luiz Eduardo
Videografismo: Vinny Almeida
Áudio: Adriano Veloso
Produção: Coordenação de Comunicação Social
Co-Produção: Diretoria de Educação a Distância



Um comentário:

  1. Muito bem feito. E muito interessante. Dar valor ao povo da roça, sua sabedoria e sua cultura.
    PARABENS POR ESSE TRABALHO.

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