segunda-feira, 21 de março de 2016

Estudante do IF Baiano propõe o uso do jogo no ensino de Português

Com a modernização das tecnologias, vários atores dos espaços de trabalho e estudos têm buscado melhorar a forma de alcançar resultados em seus projetos. Nessa linha, a estudante Elijane Souza do curso de Pós-Graduação em Educação Científica e Popularização das Ciências do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) – Campus Catu apresentou, no mês passado, seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre “O ensino da gramática sob a ótica da educação científica: o jogo como instrumento de aprendizagem”.

Ela traz, em sua pesquisa, o relevante papel docente na orientação dos estudantes para que os mesmos produzam seus respectivos conhecimentos. “Sou professora de Língua Portuguesa e tenho percebido a dificuldade dos estudantes em compreender o que é ensinado nas aulas de gramática. Através da minha experiência, percebi a necessidade de se pensar em práticas que tragam sentido à aprendizagem dos estudantes e valorize o saber que eles trazem consigo”, afirma Souza.

Elijane fala sobre o desafio de uma nova prática pedagógica para os professores da Língua Portuguesa, principalmente porque a disciplina está vinculada à “decoreba” de normas e repetição de regras. “Esse tipo de gramática que foca no ensino como memorização de normas é que leva os aprendizes a dizerem que não gostam de Língua Portuguesa, ou que é uma 'disciplina' difícil”, explica.

Em meio ao acesso mais facilitado à informação de nossa época, Elijane destaca a importância de novas práticas no processo de ensino-aprendizagem dentro da sala de aula e, entre essas novas possibilidades, a Educação Científica. “O estudante, produtor de conhecimento, é levado a pensar sobre a sua realidade e como atua sobre ela. Ele deixa de reproduzir informações e passa a pensar criticamente acerca da sociedade na qual está inserido”, afirma Souza. 
 
Em seu trabalho, ela analisou três jogos digitais. O jogo, visto como um instrumento lúdico de aprendizagem, valoriza o conhecimento prévio do estudante e propicia vivências que ultrapassam o ambiente escolar. “Vale ressaltar que o jogo é um recurso para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem e, para que alcance os resultados esperados, é necessário que o professor planeje muito bem as ações a serem desenvolvidas em sala, atentando para a heterogeneidade dos discentes e, além disso, que saiba utilizar o recurso escolhido. É extremamente importante contextualizar a ferramenta escolhida e integrá-la à prática pedagógica para que se alcancem os objetivos traçados”, pontua.    
 

Sobre o curso de Pós-Graduação em Educação Científica e Popularização das Ciências - “O curso foi muito enriquecedor para minha vida pessoal e profissional. Por meio dele, tive a oportunidade de refletir sobre a minha prática pedagógica e como ressignificá-la a fim de contribuir para a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade e dispostos a atuar em favor de seus direitos, mas, sem se eximir de seus deveres”, declara a estudante Elijane.

Por meio do jogo, o estudante tem a possibilidade de aprender de forma prazerosa, a utilizar a própria língua, além de permitir que o ensino de gramática não se limite à memorização. A língua é a principal forma de interação entre as pessoas, por isso apoderar-se dela é fundamental para a construção das relações sociais e o exercício da cidadania” - Elijane Souza, estudante - 

 


Fotografia: Lismar Souza do Rosario

Atualizada em 30/8/2016 às 15h51 (adicionadas ilustrações com jogos)

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