quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Tecnologias sociais: análise de cisternas de produção no semiárido

Pesquisa do IF Baiano mapeia e analisa contribuições para a vida dos(as) agricultores(as)

 
Iolânda Almeida, egressa do curso de pós-graduação lato sensu desenvolvimento sustentável no semiárido com ênfase em recursos hídricos, realizou o projeto “Intervenção hídrica de cisternas de produção: resultados socioeconômicos e intermediação para a produção agroecológica” sob orientação da professora Vanessa Angelim. 
 

Em sua pesquisa, ela buscou mapear e analisar as contribuições socioeconômicas de tecnologias sociais de captação da água da chuva, em especial as cisternas de produção, avaliando seus aportes para a convivência dos agricultores e agricultoras familiares no semiárido, as 'novas' relações estabelecidas no cotidiano e a possível melhoria da qualidade de vida”, explicou a pesquisadora Almeida.

Segundo Iolânda, foi possível perceber a ação dos movimentos sociais na conquista de investimentos para a mitigação da escassez da água. Em suma, a água armazenada é utilizada para diversos fins, produtivos e domésticos, corroborando para o aumento e a diversificação da produção de alimentos, segurança alimentar, estabilidade produtiva e a amenização da labuta cotidiana. Porém, subutilizada por uma intencionalidade própria da conservação/economia da água a espera dos longos períodos de estiagem”, informou.

Para a pesquisadora, o impacto do projeto esteve em discutir junto às famílias sobre o potencial socioeconômico das cisternas de produção, promovendo a reflexão em torno de uma utilização mais eficiente para a garantia dos seus resultados nas famílias e comunidade. O maior impacto está em contribuir para a construção de estratégias de formação e construção de conhecimentos que permitam aos agricultores familiares a utilização do potencial com maior estabilidade”, disse.

“Ansiamos exaltar a importância das instituições de ensino e pesquisa da região colocarem no centro da discussão a convivência com o semiárido, uma vez que as grandes carências da realidade semiárida partem da falta de identidade, da falta de conhecimento ou de interpretações 'equivocadas'”, finalizou Almeida.

Semiárido – Desde a graduação nos anos noventa, o semiárido é uma temática acadêmica na vida de Almeida que estudou, na época, “Relações estabelecidas em torno da escassez de água na comunidade de Jaboticaba – Quixabeira”.  
Filha de agricultor familiar, Iolânda atua hoje na área da convivência com o semiárido: “participação, articulação e mediação do processo de formação para agricultores e agricultoras familiares da região de Quixabeira com temas relacionados à convivência com o semiárido na busca da sustentabilidade no meio rural e do aprimoramento de políticas públicas relacionadas com a realidade local, desenvolvendo, metodologias que estimulam a participação, a valorização e o interlace entre saberes locais e novas alternativas de convivência”, informou.


Apoio: Associação de Pequenos Produtores de Jaboticaba – APPJ



Fotografia: Acervo da família Rios Araújo





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