terça-feira, 11 de março de 2014

Agricultores aprendem sobre o aproveitamento de frutas

Produção de geleias, compotas, doces, rotulagem e comercialização de produtos. A forma de como realizar todas estas atividades foi o foco da oficina “Potencializando a Economia dos Quilombolas da Pedra”, proposta pelo professor Gean Carlo Capinan.

A proposta fez parte do Programa de Oficinas Comunitárias, incentivada pela Pró-Reitoria de Extensão do IF Baiano. A comunidade Quilombola da Pedra faz parte de um estudo do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena (NEAB), coordenado pela Pesquisadora Professora Izanete Souza, do Campus Itapetinga.

Com os estudos desenvolvidos pelo Neabi, foi identificado que, devido a falta de recursos e de assistência técnica especializada, não havia aproveitamento do excedente de produção na comunidade. “O aproveitamento de frutas possibilitaria aos agricultores familiares, conservar e beneficiar a produção, para além do consumo pela própria família, comercializar o excedente nas proximidades, agregando valor e reconhecimento por se tratar de um produto artesanal e de qualidade ”, disse o professor, Gean Capinan.

A oficina foi realizada de forma prática e objetiva, sendo demonstrados todos os processos de higienização do local para produção de alimentos: lavagem, seleção e sanitização dos frutos a serem processados, cuidados com a higienização pessoal, extração de pectina, pasteurização, produção de geleias (pimenta, maracujá e goiaba), produção de doces de corte (bananada e goiabada), produção de compotas (abacaxi, manga e goiaba), rotulagem e comercialização dos produtos.

Nilton Gama Santos, membro da comunidade, se sentiu grato pela iniciativa desenvolvida pelo IF Baiano.Esse trabalho foi muito importante para nós daqui do Quilombo, pois por causa de vocês [IF Baiano], teremos mais condições de aproveitar muitas frutas que antes perdíamos por aqui. E agora, quem sabe até criarmos uma associação para produção e comercialização dos produtos? Só temos a agradecer”.

A oficina contou com a participação de 18 membros da comunidade, contemplando um total de 10 famílias. Para a coordenadora do Neabi, do Campus Itapetinga, Izanete Souza, “a partir dessa oficina, os quilombolas da Pedra passaram a ter mais uma alternativa de fonte de renda utilizando, inclusive os frutos que eles já produzem e vislumbrando novas possibilidades de cultivo de frutas com vistas a produção de doces, compotas e geléias”.

Ela conta que ao retornar a comunidade, dias após a oficina, os quilombolas ainda vibravam com as aprendizagens, especialmente, com o fato de terem aprendido a fazer a pectina (produto extraído da casca do maracujá, responsável por garantir o aspecto gelatinoso aos doces).

Quem também vibra com as experiências adquiridas é a estudante do curso Técnico em Agropecuária, Elenice Lima Silva, que atuou como voluntária nas atividades da oficina. Ela conta que, além de trazer novos conhecimento para o seu aprendizado com a Extensão, a oficina possibilitou aplicar seus conhecimento teóricos de forma prática, assegurando o seu desenvolvimento pessoal e profissional. 

Fotos: Seidler Carvalho 

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