básico propagativo de Umbuzeiro” faz parte da rotina
do Campus
Guanambi (começou quando o Instituto Federal Baiano – IF Baiano
ainda era Escola Agrotécnica Federal Antônio José Teixeira). Com o
objetivo de preservar umbuzeiros (Spondias
Turberosa
Arr. Câm., 1816) e umbucajazeiras (Spondias
sp.), o Instituto possui um pomar com 200 plantas de 26 clones
oriundos de Bahia, Minas Gerais e Pernambuco.
“Além
de preservar a variabilidade genética dos clones* de Spondias,
outros objetivos são caracterizar os clones que possuem as melhores
características de sabor e rendimento de polpa e incentivar o
cultivo do umbuzeiro por agricultores familiares, trabalho realizado
de forma contínua pela Embrapa, Epamig, Instituto Federal Baiano e
outras instituições parceiras”, destaca o pesquisador do IF
Baiano Sérgio Donato.
Esse
trabalho, ligado à biodiversidade brasileira, também serve para as
aulas práticas dos estudantes do IF Baiano dos cursos integrados de
agropecuária e agroindústria; subsequente de agricultura;
superiores de tecnologia em agroindústria e bacharelado em
engenharia agronômica; pós-graduação stricto
sensu
de mestrado profissional em produção vegetal. “Os alunos dos
cursos relacionados à produção vegetal têm aulas práticas de
identificação das características dos clones e de propagação
para multiplicação e preservação”, afirma o pesquisador.
A
divulgação para propagação e plantio de umbuzeiros com a presença
dos pesquisadores também faz parte do projeto. Nos anos 2008, 2009,
2010 e 2013, trabalhadores rurais e agricultores participaram de
reuniões (dias de campo). Sérgio explica que a área sempre é
visitada por pequenos grupos de agricultores familiares (integrantes
de movimentos sociais ou não) e esse trabalho de incentivo ao
plantio dessa cultura adaptada ao semiárido brasileiro é relevante,
especialmente pelo problema de disponibilidade de recursos hídricos.
“Existem pequenas áreas de umbuzeiro espalhadas nos municípios.
Digo áreas, mas o melhor é dizer plantas, muitas pessoas em sítios
ou mesmo nas suas casas na cidade tem uma, duas, até 10 árvores de
umbuzeiro”, diz Donato.
Para
a próxima etapa, planeja-se o desenvolvimento de pesquisas
referentes ao manejo da floração para produzir fora da época da
safra e fazer manejo de irrigação com água de salinidade elevada.
“Entretanto, como o ciclo da cultura é longo, tudo isso demanda
muito tempo, pois a planta só inicia a produção com cinco anos,
mesmo enxertada”, pontua Sérgio. O pesquisador explica que esse
trabalho tem bastante relevância socioeconômica devido à “difusão
do cultivo colabora para fixação do homem no campo e ao cultivo de
uma planta adaptada com enfoque no uso de estratégias agroecológicas
mais aplicadas à agricultura familiar e biologicamente mais
dependentes do ambiente natural”, fala.
Contribuição
científica:
- Caracterização dos clones e, posteriormente, identificação de práticas de cultivo de uma espécie que causará pouco ou nenhum impacto ambiental;
- Diminuição dos riscos de erosão genética e preservação da variabilidade genética.
*Registro
de clone como variedade depende de autorização do Conselho de
Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) - Ministério do Meio
Ambiente
Linha
de pesquisa: Manejo
de fruteiras
Doações
ao IF Baiano – Campus
Guanambi / Produções:
2010
- 60 mudas;
Frutos
chegam a pesar mais
de 100 gramas;
Clone
MG-01 pesa, em média, 98g e pode alcançar até 160 g (conhecido
como umbu gigante, originado em Lontra/MG e plantado na Bahia e em
Minas Gerais);
Clone
CP-47 tem frutificação em forma de cachos com até 25 frutos por
cacho, são pequenos e doces (originado de São Gabriel/BA).
Parceria:
IF
Baiano – Campus
Guanambi
Embrapa
Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA)
Empresa
de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig Norte) (Janaúba,
MG)
Equipe
envolvida:
José
Teixeira Rosa (técnico em agropecuária/IF Baiano)
Ancilon
Araújo e Silva Júnior (gerente de campo/IF Baiano)
Sérgio
Luiz Rodrigues Donato, João Abel da Silva, Alessandro de Magalhães
Arantes e Carlinne Guimarães de Oliveira (professores –
pesquisadores)
Nelson
Fonseca (pesquisador - Embrapa Mandioca e Fruticultura)
Nívio
Poubel Gonçalves e Heloísa Mathana Saturnino (pesquisadores -
Epamig Norte)
Fotografia:
Sérgio
Donato (Sítio eletrônico Embrapa / IF Acontece IF Baiano/Guanambi)
Mais:
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