O
desafio diário da Ciência é tornar nosso cotidiano mais fácil,
certo? Nessa
perspectiva,
Alexsandro
Brito, professor
e pesquisador do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) / Campus
Guanambi, juntamente com sua equipe de trabalho, desenvolve
uma proposta de
instrumento de medida do potencial mátrico
da água no solo para
facilitar as áreas de Ciências Agrárias e Ambientais. “O
projeto
torna o tensiômetro mais versátil e de menor custo por meio da
instalação de múltiplos pontos de medida num só tubo de PVC”,
afirma.
Os
pesquisadores construíram
um tensiômetro multimedida: “inserimos uma cápsula porosa na
extremidade inferior do instrumento e outras duas cápsulas porosas
intermediárias, possibilitando a medida do potencial mátrico
em três pontos no perfil do solo e no mesmo local”, explica.
Pelo
tradicional, o
tensiômetro tem
“um ponto de medida no perfil do solo, sendo necessária a
instalação de baterias de tensiômetros para que seja possível
realizar as medidas e os
estudos.
Quanto esses estudos são realizados em profundidades elevadas,
aumenta-se o custo uma vez que o tubo PVC (água fria roscável) e a
mangueira de nylon (1/8”), utilizados na construção do
tensiômetro, serão maiores. Em algumas situações, o material
utilizado na confecção do tensiômetro não servirá para a
reconstrução dos mesmos, precisando ser descartado adequadamente”,
explica.
O
tensiômetro é
responsável
pela medida do potencial mátrico
da água no solo, pela
drenagem da água e
ainda por
medir
a lixiviação de íons e moléculas que vêm de “fertilizantes,
agroquímicos, água residuária e subprodutos dos processos
industriais os quais podem causar poluição ambiental local ou
regional”, diz
o
cientista Brito.
“Na extremidade inferior, é instalada uma cápsula porosa, sendo
essa a responsável pela comunicação da água contida no
tensiômetro com a água retida no solo e pela transmissão da
energia com que a água está sendo retida pela matriz do solo para o
sistema de leitura. Entretanto, existe apenas um ponto de medida do
potencial mátrico
por tensiômetro”, reitera.
Esse
produto que
busca atuar no avanço tecnológico vem
de outros estudos na área que, anteriormente, “se dedicaram na
automação das medidas no campo por meio de novos sistemas de
leitura (mercúrio, vacuômetro de Bourdon,
tensímetro digital e transdutores de pressão) e na ampliação da
faixa de trabalho o qual tradicionalmente trabalha até -85 kPa,
passando a trabalhar em toda a faixa de interesse agronômico. Por
outro lado, todos os modelos fazem a medida em apenas um ponto no
perfil do solo”, destaca
Brito ao falar sobre a importância do desenvolvimento do tensiômetro
multimedida.
Com
a descoberta, a equipe espera
que o maior impacto seja em otimizar “métodos de medida do
conteúdo de água, armazenagem de água, cálculo da drenagem
interna e ascensão capilar, cálculo da lixiviação”, afirma,
além
da comercialização (após publicação de patente) junto a
profissionais da área (técnicos, engenheiros, empresários e
pesquisadores).
Próxima
fase:
Submissão ao INPI (Instituto
Nacional da Propriedade Industrial)
para aquisição de patente
Projeto
1a
etapa: Desenvolvimento de tensiômetro multimedida – Parte I –
uso de manômetro de mercúrio para a realização das leituras;
2a
etapa: Desenvolvimento
de tensiômetro multimedida - Parte II –
uso do
vacuômetro de Bourdon como sistema de leitura (mais
recomendado para utilização em áreas de produção agrícola)
Lattes
dos
pesquisadores:
Fotografia: Alexsandro Brito
Legenda 1: Marcelo Couto fazendo fluxagem e medida do potencial mátrico em tensiômetros multimedidas
Legenda 1: Marcelo Couto fazendo fluxagem e medida do potencial mátrico em tensiômetros multimedidas
Legenda de ilustração/figura:
Diagrama
esquemático do tensiômetro construído com os três cápsulas
porosas acoplados em um tubo de PVC, para medida do potencial mátrico
nas profundidades de 0,15; 0,3 e 0,45 m
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