quarta-feira, 18 de março de 2015

Professor produz cartilha para aprendizagem de Libras

Bem-vindos ao IF Baiano”, este é o título do primeiro módulo de uma série de oito cartilhas produzidas pelo professor Enos de Freitas, do Campus Senhor do Bonfim, para aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O material, além de permitir uma aprendizagem básica do idioma, contém sinais e algumas frases prontas para contextos específicos. O professor diz que a intenção é “contribuir para que a comunidade acadêmica sentisse um conforto e estímulo maior para a interação entre surdos e ouvintes. Espero criar uma zona de acolhimento linguístico e sociológico”.


No Campus Senhor do Bonfim, são doze alunos com alguma necessidade específica, sendo quatro estudantes surdos usuários da Libras. Para Jéssica Aleixo, o material produzido pelo professor Enos “é muito necessário, muito importante e é bom. A Língua de Sinais tem que ser evidenciada, tem que ser mostrada e alguns acessam mesmo, para ver como é, então é interessante esse link, essa oportunidade”, disse. A cartilha está disponível na página do Campus Senhor do Bonfim.

Outra iniciativa para que estes estudantes possam acompanhar o curso e se comunicar no ambiente acadêmico, é a criação de um minicurso de Libras, de caráter contínuo, pelo Napne do Campus. “Começamos um minicurso em outubro com uma turma da secretaria. Alguns membros que estiveram na ocasião, agora conseguem ter um contato básico com os alunos surdos”, disse o professor.

Para os quatro estudantes surdos que ingressaram no curso Técnico em Agropecuária, a expectativa é positiva em relação ao acompanhamento do curso e interação com a comunidade acadêmica. “As pessoas em maior ou menor grau me acolheram bem. As pessoas, em geral, foram educadas, alguns queriam aprender os sinais por educação, outros ficaram observando. Alguns não querem, mas, não vejo problema nisso, é normal e espero que as pessoas continuem se esforçando em aprender os sinais naturalmente”, disse o estudante, Jair Rodrigues.

Já para estudante Geomara Damasceno, “as primeiras impressões foram animadoras. Já desenvolvemos amizades, vínculos. É importante que o surdo seja visualizado, para que haja uma satisfação. Fiquei contente com essa iniciativa [de produção da cartilha]”, disse. E Elaine Freitas complementa, “Eu desejo que a gente possa interagir bem com os professores, e assim, receber um ensino de qualidade, e quanto aos alunos, que haja uma boa amizade, que a interatividade que seja algo natural”, disse.


Para atender com eficácia e eficiente todos os alunos, o IF Baiano está estruturando os Núcleos de Atendimento à Pessoa com Necessidades Específicas (Napne) nos campi. Conforme a proposta de Regimento dos Napne, cada núcleo deve contar com uma equipe multidisciplinar (assistente social, pedagogo, psicólogo) e dispor de ambiente com acessibilidade física, espacial e mobiliária, além de recursos de Tecnologias Assistivas para as Pessoas com Necessidades Específicas (PNE).

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Revista Bem Baiano (4ª Edição) - Capa: Direito à Educação contempla necessidade de todos

Fotos: Fátima Nascimento / Ascom do Campus Senhor do Bonfim

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