terça-feira, 22 de abril de 2014

Grupo de Pesquisa em Agrotecnologia desenvolve trabalhos com licurí

'Eu sou eu e licurí é coco pequeno', lembra?”, pergunta o professor do IF Baiano, Fulvio Viegas, que desenvolve trabalhos com a planta, através do Núcleo de Pesquisa de Agrotecnologia para o Semiárido (Nupa). O ditado popular remete à cultura do semiárido nordestino e motiva o professor em suas pesquisas que se propõem a aproveitar os resíduos de licurí, transformando-os em alimentos para animais, através da “Torta de Licurí”.

Os trabalhos do Nupa são desenvolvidos nas áreas de alimentação, nutrição, qualidade, tecnologia e processamento animal. “Nossa meta é reduzir os custos da produção, precisamente nos gastos com ração, que é o fator que mais onera em uma produção”, explica o professor.

Em março, três trabalhos foram apresentados no II Simpósio de Avicultura do Nordeste, em João Pessoa, Paraíba. As pesquisas abordam o uso da torta de licurí na alimentação animal e suas influencias na qualidade desses animais. “Nos resultados obtidos observamos que substituir a soja e milho, que são ingredientes caros em uma ração, pela torta de Licurí é um desafio. No entanto, observamos, em resultados preliminares, que uma fração de 10% da torta Licurí pode ser utilizada em rações de frangos e codornas de corte”, conclui o professor.

Para o ex-aluno do IF Baiano e graduando em Engenharia Agronômica na Uneb, Damião Mendes, “os trabalhos de pesquisa é um momento oportuno em que pudemos atuar, fixar a teoria junto a prática junto ainda em âmbito escolar, academia ou instituto”. Ele diz que o estudante que participa de pesquisas de Iniciação Científica, torna-se um profissional diferenciado, com um conhecimento mais amplo e “quem vai identificar isso é a empresa contratante”, conclui.

Sobre as pesquisas, o professor Fulvio acrescenta que “já temos quase totalmente a composição nutricional da Torta de Licurí, o que permite um avanço, deixando o nosso trabalho bastante completo”. Ele ainda pretende lançar junto ao Nupa um manual para os produtores do semiárido nordestino, para que eles deixem de “usar a torta de forma empírica para usar esse rico resíduo de forma técnica, reduzindo o problema da falta de alimentos durante a seca”, conclui.

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