sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Formação de professores na área de ciências agrárias

Curso superior do IF Baiano enfatiza
a educação do campo, a educação ambiental e a agroecologia

O docente em ciências agrárias entende que precisa ser responsável pela sistematização e pela multiplicação de saberes, vinculados à educação profissional na área de ciências agrárias, atuando na educação formal e não formal. Neste sentido, o discente deverá desenvolver a capacidade para se apropriar de saberes pedagógicos necessários à ação docente que fundamentem e deem sentido à prática educativa”, fala o coordenador do curso de licenciatura em ciências agrárias, Antonio Silva, sobre o perfil dessa formação no Instituto Federal Baiano (IF Baiano) – Campus Senhor do Bonfim


No curso, “os estudantes aprendem e se encantam muito com os conhecimentos da área técnica, conhecimentos ligados à pesquisa na área específica”, destaca Silva. “Os professores responsáveis pelas disciplinas programam a parte prática do processo de ensino-aprendizagem. Alguns fazem aulas práticas em laboratórios, outros montam experimentos científicos em campo e ainda outros fazem viagens técnicas. Também, na parte de estágio, os alunos têm contato direto com a EFA (Escola Família Agrícola)”, explica o professor.

A licenciatura em ciências agrárias, segundo o coordenador, “está em consonância com a necessidade de formação de professores para atender às demandas específicas da região de abrangência do campus, enfatizando a educação do campo, a educação ambiental e a agroecologia, com uma abordagem científica para promoção da sustentabilidade nas dimensões sociais, econômicas, ambientais, culturais e políticas”, afirma. Para a estudante do 4o semestre, Beatriz Monteiro, o mais interessante está na forma de ensino dos professores. “Desperta em mim um interesse ainda maior sobre essa profissão”, pontua. “É uma área com a qual me identifico. Gosto tanto da parte de licenciatura quanto do trabalho com animais de fazenda”, declara a estudante. 
 
Beatriz e todos os futuros profissionais podem atuar na docência em instituições de ensino fundamental, médio e profissional; na orientação de projetos de agricultura familiar e economia solidária; na orientação, na elaboração e no acompanhamento de projetos pedagógicos pautados na pedagogia da alternância; na criação, na implementação e no acompanhamento de projetos e programas de desenvolvimento agrícola sustentável junto a instituições; na coordenação pedagógica em cursos da área agrícola ou afins; na participação em grupos multiprofissionais ou interdisciplinares para produção de estudos e programas ambientais.

Durante a parte prática, os estudantes aprendem “o desenvolvimento das principais culturas agrícolas, pragas e doenças de plantas, o manejo e a criação dos animais, a convivência com a região semiárida, a análise estatística de dados e os princípios da pesquisa científica”, responde o coordenador sobre os ensinamentos aprendidos no curso. “Com o passar do tempo, (o estudante) passa a desenvolver habilidades de ensino, pesquisa e extensão com ampla visão crítica, ética e criativa, de forma a agregar informações e inovações tecnológicas, com perfil pedagógico-científico, partindo do compromisso para com o desenvolvimento sustentável”, esclarece sobre o perfil estudantil no IF Baiano.

Para Rozilda Pereira, estudante do 6o semestre, “o mais desafiador é utilizar tecnologias inovadoras”, declara. “Quando vamos a campo e percebemos que a realidade difere do contexto real da nossa convivência, aprendemos práticas de convívio e valorização do nosso bioma e, por vezes, saciamos as nossas inquietudes”, destaca sobre o que mais gosta das aulas práticas. “Muito do que assimilei nesse curso servirá como alicerce na minha jornada profissional. Percebi a minha vocação por me identificar mais com as disciplinas das áreas agrícolas e microbiologia. Pretendo dar continuidade seguindo a linha de pesquisa que comecei aqui nesse curso e levarei a mesma para fomentar a outros graus de formação”, finaliza.

Pretendo concluir o curso de ciências agrárias,

fazer especializações, mestrado e doutorado na área de agrárias”

- Beatriz Monteiro, estudante do 4o semestre -







- Seleção para curso superior pelo Enem/Sisu




Fotografia: Acervo / Antonio Silva

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