O
projeto “Propagação de Araruta sob as condições edafoclimáticas
de Itapetinga-BA”, coordenado por Gean Capinan, tem
o objetivo de “avaliar
a produtividade da fécula (farinha)
de araruta comum proveniente do plantio de propágulos (mudas),
formados pelo resto vegetativo da planta, pela utilização do rizoma
(raiz)
íntegro e por partes mediana, basal e apical quando do seccionamento
do rizoma”, fala
o pesquisador. Segundo
Capinan, a
araruta é um cultura de ciclo longo, por isso é importante conhecer
possibilidades de propagação. Quando
se conhece o tipo, é possível determinar diferenças na velocidade
de enraizamento e crescimento de sua produção e extensão.
A
pesquisa
surgiu a partir da demanda de pequenos agricultores: “ao
relatarem
que a cultura tem um excelente potencial, no entanto o aumento da
área cultivada fica na dependência de material propagativo o qual
muitas vezes não é de fácil produção, uma vez que, o rizoma, de
onde se propaga uma nova planta é o mesmo material de onde se extrai
o amido, produto de elevado potencial de mercado”, destaca
o professor. O
projeto quer apresentar um melhor material ao agricultor para
propagar o material e
expandir
a área de cultivo de sua propriedade sem
custos adicionais.
No
processo de avaliação, o pesquisador explica que determina “as
produções
de massas fresca e seca (massa obtida após a secagem do material em
estufa com ventilação forçada de ar, por 72 horas, à temperatura
de 65ºC ± 2ºC) de folhas, rizomas e raiz; rendimento de fécula
obtido do processamento do rizoma e tomada das medidas de diâmetro e
comprimento para, dessa
forma, identificar o melhor propágulo a ser utilizado para o
plantio, garantido um melhor incremento na renda dos agricultores”,
destaca.
Capinan
pontua
que a pesquisa gera conhecimento sobre as características e o
comportamento do desenvolvimento “de
propágulos do seccionamento do rizoma e da parte vegetativa da
araruta, promovendo um maior incremento na renda do agricultor por
utilizar um material mais adequado e de rápido estabelecimento da
cultura. Dessa forma, haverá a possibilidade de maior emprego de mão
de obra pela expansão das áreas produtivas, impactando de forma
direta no desenvolvimento socioeconômico da localidade ou região”,
finaliza.
Por que pesquisar
sobre araruta?
- Pode ser produzida em pequenas áreas, principalmente pela agricultura familiar;
- Poucos relatos sobre seu cultivo na região do Território Médio Sudoeste da Bahia;
- O rizoma da araruta apresenta um bom desenvolvimento.
Fotografia:
Gean
Capinan
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